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28/02/2014 07:40:46

Frente Indígena irá pedir de novo a revogação da Portaria 303

Durante reunião ontem (26) com cerca de 60 lideranças indígenas de Mato Grosso do Sul, representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o deputado Padre Ton (PT-RO) disse que irá novamente pedir a revogação da Portaria 303, editada em julho de 2012, estabelecendo condições para a demarcação de terras indígenas conforme as 19 condicionantes fixadas por ocasião do julgamento no STF da ação que envolveu a Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, com possibilidade de rever demarcações existentes e suspender processos em curso.

O deputado disse que tem cobrado audiência com o advogado-geral da União Luiz Adams para tratar do assunto, e após receber a assessoria do ministro em seu gabinete acredita que este encontro deve ocorrer em duas semanas.

“Entendemos que a AGU deve ter uma posição definitiva sobre isso”, disse Padre Ton, lembrando que por pressão do movimento indígena os efeitos da Portaria foram suspensos.

As lideranças indígenas aproveitaram o dia de ontem para cobrar dos líderes partidários uma posição contrária à PEC 215/2000, que tramita em Comissão Especial e trata de transferir para o Congresso Nacional a competência para decidir sobre demarcação de terras indígenas.

Elas também participaram da sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), quando foi eleito presidente do colegiado o deputado Assis do Couto (PT-PR).

 

O líder indígena Guarani Kaiowá Lindomar Ferreira disse esperar do novo presidente da CDHM e também do primeiro vice-presidente, deputado Nilmário Miranda (PT-MG), compromisso firme e contrário à PEC 215. “Que esta nova etapa da Comissão seja construída com respeito aos direitos assegurados na Constituição Federal, e que esta Comissão se posicione contra os projetos que prejudicam os povos indígenas”, disse Ferreira. 

A precária assistência à saúde, um dos mais graves problemas dos povos indígenas, foi tema de muita reclamação no encontro promovido pela Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas e parceiros.

Representando agentes de saúde em Dourados, onde vive grande parte dos indígenas de Mato Grosso do Sul, Rosalina Kaiowá  disse estar indignada e impotente. “Não temos medicamento nenhum. A carência é grande. A equipe de saúde, de base, está revoltada. Gastamos do nosso próprio bolso para atender alguma coisa. E estamos tentando falar com o dr. Antonio Alves (secretario Especial de Saúde Indígena, Sesai), mas ele simplesmente fechou a porta para nós”, disse.

À pergunta do deputado Padre Ton sobre a existência de médicos do Programa Mais Médicos as lideranças disseram que não há falta deste profissional, reiterando que o problema é falta de medicamento e condições de trabalho.

 

 

 

Assessora de Imprensa

Deputado Padre Ton (PT-RO)




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