Grupo HIBISCUS participa da 5º Marcha das Margaridas em Brasília

Texto: Assessoria

Fotos: Milena Magalhães

De acordo com a direção da CONTAG, mais de 70 mil mulheres rurais, entre ribeirinhas, indígenas, das florestas, do campo e também da cidade, estiveram presentes no evento.

O Grupo de Pesquisa e Extensão em Comunicação, Discurso e Gênero (HIBISCUS), da Universidade Federal de Rondônia (UNIR)/Campus de Vilhena, esteve presente na capital do país nos dias 11 e 12 de agosto para participar da 5º Marcha das Margaridas, organizada pela Confederação Nacional do Trabalhadores na Agricultura (CONTAG).

Sete integrantes do Grupo HIBISCUS, três pesquisadoras, duas trabalhadoras rurais e duas jovens estudantes também da área rural levaram suas próprias reivindicações e pauta para a marcha, que acontece de desde 2000. O evento, sob o lema “Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”, teve duração de três dias, com oficinas, palestras, noite cultural e a presença do ex-presidente Lula e da presidenta, Dilma Roussef.

O HIBISCUS desenvolve desde dezembro de 2014 o projeto de pesquisa financiado pelo CNPq e INCRA Gênero, Comunicação e Juventude Rural no Território da Cidadania Cone Sul de Rondônia: Empoderamento para/com as mulheres jovens assentadas da Zona Rural de Corumbiara. E, como atividade do projeto, levou mulheres dessas áreas para participar da Marcha das Margaridas.

De acordo com a Professora Lilian Reichert Coelho, coordenadora do projeto, “as pesquisas científicas e os trabalhos diretos com as trabalhadoras rurais, com vistas à transformação social conjunta, são primordiais para a efetiva inserção da universidade na realidade social das regiões onde está instalada”.

Para a agricultora e Presidenta da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Planalto Parecis (APROCIS) contemplados pelo crédito fundiário, Marciane Rosa de Souza, estar em Brasília nesse evento foi poder lutar por direitos e reafirmar democracia. “Participar da Marcha é resgatar direitos, é reafirmar direitos de mulheres que não puderam estar aqui e não tiveram oportunidade de gritar, poder representar mulheres do crédito fundiário num evento desse nível é uma honra”.

Outra trabalhadora rural que também faz parte do projeto, Secretária da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Assentamento Maranatá (ASPRAMA), Beatriz Stresser Duarte, ressaltou a importância das ações do Grupo de Pesquisa para essa comunidade. “É uma oportunidade incrível, eu nunca pensei que um dia pudesse estar aqui num evento como esse”.

A pesquisadora que coordenou a participação das mulheres no evento, Larissa Ruas, explicou que faz parte do grupo desde 2010 e contou como foi o processo de pesquisa nesses quase cinco anos. “Acho que essas mulheres e jovens trabalhadoras rurais da região do Cone Sul de Rondônia ainda não têm plena dimensão do papel e da força delas no cenário político e social no Estado. Poder participar das atividades do Grupo e capacitar essas Trabalhadoras para que elas continuem transformando esses espaços é muito gratificante. É uma forma de retribuição do investimento do Governo com os projetos de pesquisas financiados pelo CNPq”.

O HIBISCUS continua com atividades nas áreas de assentamento da antiga Fazenda Santa Elina e, no dia 29 de agosto, realizará a I Conferência Livre de Mulheres de Vilhena, que acontecerá no Campus da Universidade Federal de Rondônia, em Vilhena.

Para os interessados em participar das reuniões do Grupo de Pesquisa HIBISCUS, os encontros acontecem todas as quintas-feiras na sala do GEPOEC. Av. 02 – Rotary Clube, 3756, Setor 10, Jardim Social, Quadra 01, Lote único
UNIR Campus de Vilhena.