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01/02/2019 14:44:03

Facebook e Twitter fecham milhares de contas por 'comportamento falso'

O Facebook e o Twitter anunciaram nesta quinta-feira (31) que eliminaram milhares de contas que fariam parte de uma rede ligada ao Irã, Rússia e Venezuela, e que tinham como objetivo influenciar decisões políticas regionais e internacionais.

A empresa norte-americana liderada por Mark Zuckerberg excluiu 783 páginas, grupos e contas que mostravam "comportamento falso e coordenado no Facebook e no Instagram" do Irã, de acordo com o chefe de cibersegurança do Facebook, Nathaniel Gleicher.

"Removemos essas páginas com base no comportamento delas, não no conteúdo publicado. As pessoas por trás dessa atividade coordenaram-se e usaram contas falsas", sublinhou Gleicher em comunicado.

Segundo o especialista, as contas publicaram conteúdo favorável ao regime de Teerão e contra o Ocidente e vizinhos regionais, como a Arábia Saudita e Israel.

As páginas, algumas das quais estavam ativas desde 2010, obtiveram cerca de dois milhões de seguidores na rede social Facebook e mais de 250 mil seguidores no Instagram, uma empresa que também é detida pelo grupo californiano.

Além disso, essas contas investiram quase 25 mil euros em publicidade no Facebook e no Instagram, e organizaram oito eventos entre os seus seguidores.

Por sua vez, a empresa norte-americana Twitter revelou que eliminou milhares de contas falsas da Rússia, do Irã e da Venezuela que visavam influenciar a política nos Estados Unidos e nos seus próprios países.

A rede social identificou duas operações na Venezuela que envolveram cerca de duas mil contas de origem irregular, quase 500 usuários falsos controlados pela Rússia e cerca de 300 manipulados pelo Irã. 

Em setembro, o Facebook e o Twitter defenderam, perante o Senado dos Estados Unidos, que as empresas tinham aumentado os seus esforços para identificar e fechar contas falsas, além de aumentar a transparência na publicidade.

 

Meses antes, Zuckerberg assumira a responsabilidade pela filtragem em larga escala de dados para a empresa Cambridge Analytica, no âmbito das eleições presidenciais realizadas em 2016 nos Estados Unidos.

 

Foto: Reprodução

Fonte: LUSA




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