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×'Não é fácil ser filha de assassino', diz filha de Paulo Cupertino, preso por morte de ator e pais
A jovem Isabela Tibcherani, filha de Paulo Cupertino, preso quase três anos após ser acusado de matar o ator Rafael Miguel e os pais dele, disse que ainda não conseguiu uma oportunidade no mercado de trabalho por ser filha de um criminoso.
Em entrevista ao Fantástico, ela afirmou que o seu "maior objetivo" desde o dia 9 de junho de 2019, quando viu o namorado e os sogros serem mortos pelo pai, era se "reerguer, conseguir trabalhar, tocar minha vida tranquilamente". No entanto, Isabela lamentou ainda ter o nome vinculado ao pai.
"Independente de eu ser inocente nessa situação, as empresas, acredito que não querem esse tipo de associação. Então acabam dispensando. Ainda existe um peso, né, que as pessoas colocam pelo fato de eu ser filha dele. Não é fácil ser filha de um assassino", pontuou.
Isabela também afirmou que antes mesmo do crime já não tinha uma relação saudável com Cupertino, a quem ela chamou de possessivo. "Ele não me deixava viver, ele era extremamente controlador", lembrou a jovem, que em "nenhum momento" foi procurada pelo pai enquanto esteve foragido da Justiça.
TRIPLO HOMICÍDIO
Empresário, Paulo Cupertino Matias é acusado de triplo homicídio duplamente qualificado contra o ator Rafael Miguel e os pais dele João Alcisio Miguel, 52, e Miriam Selma Miguel, 50. O homem matou as vítimas por não aceitar o relacionamento da filha com o ator, à época com 22 anos.
Após fugir, ele morou por oito meses em Eldorado, no Mato Grosso do Sul, onde assumiu a falsa identidade de Manoel Machado da Silva, o "Seu Manuel". Os policiais chegaram a descobrir o paradeiro, mas ele conseguiu fugir em outubro de 2020.
No intervalo em que esteve foragido, o réu teve o nome incluído na Difusão Vermelha da Interpol e na lista dos criminosos mais procurados de São Paulo.
Cupertino foi preso na última segunda-feira (16) após uma denúncia anônima indicar que ele estava novamente em São Paulo. O acusado estava de cavanhaque comprido e cabelo pintados de preto no momento da captura em um hotel na Zona Sul.
"Eu sou inocente. A minha filha me condena, mas vamos esperar a Justiça para saber a verdade. Olha minha filha ontem e olha hoje", disse o réu ao chegar no prédio do Departamento de Homicídios de São Paulo (DHPP).
Foto: Reprodução/TV Globo
Fonte: Diário do Nordeste
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