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×Justiça decreta sigilo no caso Camila Sacoman
Os inquéritos que investigam a morte da adolescente Camila Sacoman de Oliveira, de 17 anos, foram decretados como sigilosos pela Polícia Civil. A jovem foi assassinada no último dia 13 de abril e teve o quarto do imóvel que morava incendiado em Buritis (RO), a cerca de a 320 quilômetros de Porto Velho.
Ao G1, o delegado responsável pelas investigações, Leomar Gonçalves, confirmou nesta terça-feira (7), que um dos inquéritos foi concluído e está na fase judicial, que se trata do adolescente apreendido em flagrante.
“Em relação ao adolescente, as investigações foram concluídas no sentido de que ele foi um dos autores ou o autor do ato infracional análogo ao homicídio e do incêndio. O que ficou restante, paralelo a esse procedimento de ato infracional, foi instaurado um outro inquérito, que corre em sigilo para esgotar todas as eventuais suspeitas de participação de pessoas imputáveis no caso”, detalhou.
Segundo o delegado, o infrator durante a fase investigativa, tentou criar um álibi, mas a versão apresentada por ele, foi desmontada durante as diligências, que culminaram na decretação de apreensão.
“Ele deverá ser submetido a uma audiência na Vara da Infância e Juventude ainda nesta terça [7]. As informações que ele prestar podem irrigar o inquérito que ainda está em andamento, pois ele pode apresentar uma outra versão perante o juiz, porque na fase investigativa, ele desfocou muito os fatos, sustentando um álibi que era artificializado”, declarou.
Quanto ao segundo inquérito, Leomar explicou que não é possível externar algum detalhe, inclusive sobre o resultado do exame cadavérico da vítima, para que assim, a Polícia possa ter sucesso na elucidação do caso.
“Iremos concluir se há pessoas imputáveis envolvidas, qual foi a participação, qual a colaboração e se foi anterior ou posterior a morte, porque é um fato que, embora o adolescente foi apreendido em flagrante, o caso é bem complexo e precisamos esgotar todas as hipóteses”, explicou.
As diligências ainda seguem em curso no município e o delegado acredita que o inquérito possa ser concluído até o fim desta semana.
O caso
O corpo da adolescente, de 17 anos, foi encontrado carbonizado na manhã do dia 13 de abril, em cima da cama do quarto do imóvel em que morava, que fica nos fundos da residência da avó, no Setor 3 de Buritis.
Segundo a Polícia Civil, as informações iniciais eram de que havia acontecido um incêndio acidental. Mas durante o trabalho pericial, os agentes policiais encontraram um fio enrolado no pescoço da vítima e confirmou a hipótese de homicídio.
Ao ouvirem testemunhas, a Polícia descobriu que Camila estava em uma festa na noite anterior com uma amiga, quando em determinado momento, a companheira da jovem e o namorado dela começaram uma discussão.
“A Camila interveio na discussão do casal, onde ainda não está claro se houve ou não agressão no local. Houve sim a ameaça desse namorado à amiga da vítima e ela teria retirado a amiga daquele ambiente e foram embora”, disse o delegado regional Rodrigo Duarte.
Posteriormente, o suspeito começou a fazer buscas para localizar a namorada dele, que já havia sido levada para casa por uma outra pessoa, e resolveu ir até a casa de Camila, onde ocorreu a morte.
A Polícia ouviu mais de 15 testemunhas durante a investigação, que culminou na apreensão do namorado da amiga de Camila, apontado como o principal suspeito. O jovem de 17 anos, inclusive, chegou a dizer em depoimento informal que estava na cena do crime, mas as informações não foram utilizadas contra ele.
Fonte: G1
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