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PIPAS SIM, CEROL NÃO
PIPAS SIM, CEROL NÃO
Pipa, papagaio, raia ou pandorga. O brinquedo conhecido por vários nomes é apreciado por crianças e adultos, mas a diversão descompromissada pode transformar-se em acirrada competição. Em algumas modalidades os "empinadores de pipas" têm como objetivo derrubar a pipa do outro. Para tanto, utilizam-se do famigerado cerol ou cortante, colocado nas linhas das pipas. Esta prática representa grande perigo, tanto para seus utilizadores, como para os transeuntes da via.
O nome cerol é dado a uma mistura de cola, geralmente de madeira, com vidro moído ou limalha de ferro (pó de ferro), que é aplicada nas linhas utilizadas para erguer as pipas. Alguns utilizam uma linha conhecida como "chilena", que chega a cortar quatro vezes mais do que a linha com cerol. Esta linha é feita a partir de quartzo moído e óxido de alumínio, o que aumenta seu poder de corte.
De forma que a diversão poder ser extremamente perigosa, pois quando a linha está totalmente esticada, percebê-la fica mais difícil, justamente quando é mais importante. Diversos casos já foram contabilizados na cidade que produziram lesões e cortes de grande profundidade, principalmente na garganta. Até mesmo mortes de motociclistas e ciclistas foram observadas.
O cerol é tão perigoso que as leis n° 402/11, de âmbito federal, e n° 1391/04, de âmbito estadual, foram elaboradas para proibir a comercialização, utilização e distribuição de cerol ou produtos semelhantes.
Texto: Redação
Fonte: Onda Sul FM
Foto: Ilustrativa
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