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×Águas da enchente do Madeira vêm do Peru, Bolívia e Mato Grosso
Segundo informações do Serviço de Proteção da Amazônia, Sipam, 80% da água que alimenta a enchente do rio Madeira e afluentes é oriunda de outras regiões, especialmente do rio Madre de Diós, no Peru, o rio Beni e Mamoré, na Bolívia e o rio Guaporé, no Mato Grosso. O meteorologista do órgão, Marcelo Gama, afirma que as fortes chuvas na Bolívia e Peru desde outubro de 2013 fizeram com que o rio subisse acima da média.
As chuvas na região do mapa delineada em vermelho irão influenciar no nível das águas do rio Madeira
Para o técnico, “o nível das chuvas em Rondônia estão dentro da média histórica. O que contribuiu para esta grande enchente foram as fortes chuvas no sul do Peru e Bolívia”, afirmou. Para se ter uma ideia, nos últimos dias a precipitação naquela região foi em torno de 200 milímetros (mm) e estas águas levam de 5 a 8 dias para chegar à região alagada.
Com essas fortes chuvas, o nível do rio Madeira deve chegar aos 19,30metros até o dia 20 de março. “Após isso, a tendência é a estabilização, pois as chuvas serão mais esparsas”, mas segundo o meteorologista, o rio continuará cheio devido a estas chuvas e por ser uma região de planície, que demora mais para a água escoar.
Pelas informações coletadas pelo Sipam, no mês passado em Rondônia choveu menos que o normal. Por isso, a contribuição da enchente é da bacia dos Andes, pois a contribuição das chuvas em Rondônia foram muito pequenas.
Régua
Segundo Gama, a média histórica do rio Madeira para o mês de março é de 15,30m. Houve anos que subiu mais, outros menos. “Esta é a média que temos registrada”, disse Marcelo. No entanto, algumas pessoas divulgam erroneamente que o rio está 19 metros acima do nível. “Consideramos o nível esta média histórica para este período, que é em torno de 15,30m. Portanto, o rio está 3,8 – 4 m acima do nível histórico registrado”, afirmou.
A medição do rio Madeira é realizada hoje de duas maneiras. Uma pela régua colocada no porto da Capital e outro que é feito pela Agência Nacional de Águas, ANA, localizado na ponte, informou.
Texto e fotos: Geovani Berno
Decom - Governo de Rondônia