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06/02/2016 09:08:42

Prefeito Rover deixa claro que não tem como fornecer transporte publico para os moradores do União mais que buscará solução.

Sob a liderança de Laudiceia Firmino, seis moradoras do Conjunto União que integraram o grupo protestante que realizou o bloqueio da avenida perimetral (clique aqui) do bairro em questão, na manhã de ontem, quinta-feira, 04 de fevereiro, estiveram em reunião na manhã de hoje, sexta-feira, 5, na prefeitura de Vilhena, para pressionar o prefeito José Luiz Rover (PP) a resolver o problema da falta de transporte escolar aos mais de 700 estudantes que residem no conjunto.

A reunião que contou com a presença da imprensa local, foi acompanhada por autoridades da Secretaria Municipal de Educação – Semed, pelos parlamentares Carmozinho Alves, Marta Moreira e os secretários municipais da Fazenda Marcos Zola, Elizeu Lima da Administração e Adenilson Magalhães da Comunicação.

Laudiceia Firmino, em posse de um abaixo assinado rubricado por mais de 150 moradores, disse ao prefeito que a vida dos estudantes do bairro em que ela mora tem sido muito dura. “A situação não está fácil, pois a grande maioria dos moradores não possuem veículos próprios e, para levar seus filhos ao colégio é muito complicado, pois o centro de ensino mais próximo é a escola Cristo Rei, a mais de 3 quilômetros do Conjunto União. Os moradores precisam também de atenção com relação a iluminação pública, porque as vezes, algumas mulheres saem do trabalho mais tarde e precisam passar pela avenida Perimetral numa completa escuridão, correndo inclusive o risco de ser assaltada ou estuprada”, disse Laudiceia.

A moradora Bruna Montanari, disse às autoridades que tem três filhos e todos os dias precisa caminhar do Conjunto União até a escola Marcos Donadon, situada na avenida Tancredo Neves no bairro Jardim América. “Não tem condição de continuarmos sem ajuda da prefeitura. Eu levanto todas as manhãs, às 06h00, para levar meus filhos numa escola distante de casa, precisamos do transporte escolar”, falou Bruna. Ela acusou o prefeito de ter construído o bairro sem antes providenciar escola e posto de saúde que pudesse atender os moradores.

Outra reivindicação apresentada ao prefeito foi em relação às visitas das agentes de saúde, que segunda as moradoras nunca foram até o bairro.

 

Prefeito e a contraproposta aos moradores

Direto na reposta, o mandatário municipal disse que não há nenhuma possibilidade de que o Município forneça o transporte escolar totalmente gratuito aos mais de 700 alunos que residem no bairro. “De todas as reivindicações apontadas aqui, eu digo que quanto ao transporte escolar eu não posso fornecer, porque isso abria um precedente a outros bairros e a prefeitura não tem condição de arcar com essa despesa”, disse Rover.

Com base nas informações fornecidas pelas moradoras do conjunto, Rover disse que para atender todos os estudantes, seriam necessários 12 ônibus para realizar o transporte somente dos alunos do Conjunto União, o que é impensável para um município do porte de Vilhena.

Para tentar encontrar uma solução para o caso do transporte dos alunos, Rover disse que marcará uma reunião com o dono da empresa de transporte coletivo de Vilhena, Transpaim, para ver a possibilidade de o empresário destinar alguns veículos para o transporte dos alunos. Em sua fala, Rover deixou claro que o transporte totalmente gratuito aos alunos não será possível. “Vou me reunir com o dono da empresa de transporte coletivo para ver se a empresa têm veículos suficientes para destinar ao transporte dos alunos. Vou tentar uma redução no valor da tarifa”, falou José Rover.

O chefe do executivo propôs que cada aluno pague R$ 1 pelo transporte e o restante da tarifa seria arcado pelo Município.

 

Rebatendo a acusação e futuras escolas

 

Maria Sueli, diretora da Secretaria de Educação do Município rebateu a acusação da moradora Bruna, de que a prefeitura teria construído o bairro sem antes pensar na construção de escolas.

“Em 2011, o Governo Federal lançou para os municípios o Plano de Ações Articuladas para que os prefeitos pudessem construir escolas em áreas de maior necessidade. Ainda em 2011, o prefeito nos deu ‘carta branca’ para que buscássemos as principais necessidades do município e colocássemos no plano, e assim foi feito. No mesmo ano, nós elaboramos os projetos de construção de escolas no Cristo Rei ao lado da Faculdade IESA, no Moysés de Freitas, Aphaville, Embratel e Setor 12, mas a culpa dos projetos não ter saído é do papel não é da prefeitura”, enfatizou Sueli.

Maria Sueli disse, que o repasse para a licitação de construção da escola ao lado da Faculdade IESA, que atenderá alunos do 1° ao 5° ano, chegou aos cofres do Município no final de 2014 e em 2015 a prefeitura licitou o projeto, tendo inclusive atendido todos os requisitos dos fiscais da União, mas após os trâmites iniciais Governo Federal não efetuou os repasses futuros e a obra precisou ser interrompida.

 

Finalizando sua fala, Maria Sueli disse: “Recentemente o Governo Federal enviou R$ 90,000,00 mil para a escola do Cristo Rei e mais R$ 90,000,00 mil para unidade do Residencial Alphaville. Nós retomaremos as obras, mas sempre dependendo de repasses futuros da União para o término da obra”.

 

Pós-reunião

 

“O prefeito deixou bem claro que não tem como ele fornecer o transporte para os alunos, mas buscará uma alternativa para o caso”, lamentou Laudiceia Firmino.

Uma nova reunião ainda no mês de fevereiro deverá ser marcada entre o prefeito e os moradores.




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