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22/04/2015 07:39:22

Rondônia: Bebê nasce dentro de avião em pleno voo

  

Alyce Penha Gurgel acaba de completar uma semana de vida, mas já pode ser considerada uma "estrela". É que a pequena nasceu dentro de um avião em pleno voo, a 7,5 mil pés de altitude, no último dia 12 de abril, em Rondônia. O parto aconteceu quando Jéssica Penha Gomes, grávida de sete meses, era transferida de Guajará-Mirim (RO) para Porto Velho. "Ela é minha estrelinha, que nasceu no céu", fala a mãe, orgulhosa.

Como nasceu prematura, Alyce ainda está internada na maternidade municipal da capital, onde fica em uma incubadora 24 horas por dia. A criança, que já está sendo amamentada normalmente, receberá alta quando estiver pesando mais de dois quilos. Nesta segunda-feira (20), a recém-nascida já está com 1,85 quilo.

Enquanto aguarda a alta da filha, Jéssica se recupera do susto. Aos 18 anos de idade, a jovem nunca havia andado de avião antes. Quando soube que precisaria viajar para ter o bebê, a mãe relata que viveu um misto de emoções. "Eu estava tão agitada, porque eu não sabia o que ia acontecer lá em cima. No começo, nem dei importância pro avião, porque só estava preocupada com a neném. Mas quando ele começou a subir, eu já comecei a desesperar. Eu tentava rezar, mas não conseguia, e o avião subia e descia, eu me segurava", conta.

O objetivo era fazer o parto em Porto Velho, mas Alyce não quis esperar e acabou nascendo aos 20 minutos de viagem. "O médico disse pra que eu aguentar, que a gente tava chegando. Mas chegou uma hora que pensei 'A Alyce vai nascer!' e consegui ter a minha filha lá em cima", diz Jéssica.

Na certidão, o local de nascimento registrado foi "via pública, em trânsito para a maternidade". A avó de Alyce, Francisca Costa Penha Malaquias, preferia que o documento fosse mais específico. "Por mim, tinha mandado colocar aqui 'nasceu nos céus de Rondônia', porque não foi em local definido", afirma em meio a gargalhadas.

Após o episódio "turbulento", como classificou Jéssica, mãe e avó agora estão ansiosas para voltar para casa, em Guajará-Mirim. Antes, vão ter que aprender a lidar com a fama gerada pelo nascimento inusitado. As duas contam que, por onde passam, são reconhecidas. "A gente chegou pra almoçar e, quando foi pagar a conta, estava passando uma reportagem na TV. Um bolo de gente olhou pra gente e o povo começou a falar e tirar foto. Agora é assim em todo lugar, então a gente está até limitando as saídas", relata Francisca.

 A mãe de Alyce parece já estar mais acostumada com o sucesso da filha. "Minha estrelinha já nasceu brilhando e no avião", fala Jéssica Perguntada. sobre como analisa tudo o que aconteceu, a jovem resume como uma experiência única. "Foi muito turbulento, foi algo diferente e novo", conclui.

O parto
Alyce nasceu dentro do avião do Corpo de Bombeiros, durante um voo entre Guajará-Mirim e Porto Velho. A mãe, Jéssica, estava grávida de sete meses e precisou ser transferida porque a cidade do interior não conta com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e não pode atender recém-nascidos prematuros. O parto seria realizado na capital, mas durante a transferência a neném nasceu.

Jéssica entrou em trabalho de parto por volta de 2h do último dia 12 e foi internada no Hospital Bom Pastor, em Guajará. A equipe da unidade solicitou uma ambulância para levar a paciente para Porto Velho. Como o veículo chegou somente às 6h e o trajeto de cerca de 330 quilômetros pode demorar até sete horas para ser percorrido, o avião dos bombeiros foi acionado. Já na aeronave, aos 20 minutos de viagem, o médico informou que não havia mais como esperar e o parto foi realizado no ar.

O nascimento parto foi filmado pelo copiloto do avião, tenente Cordeiro. No vídeo é possível ouvir o choro de Alice ao nascer e ver a emoção dos bombeiros na hora do nascimento. "Isso é o que faz valer nosso trabalho, é o nosso lema, 'in auxilium ex caelo', a ajuda vem do céu", avalia o copiloto. "Já temos no Grupo de Operações Aéreas mais de mil operações realizadas, mas nunca eu tinha visto um bebê nascer em voo. É muito emocionante! Ainda não caiu a ficha de verdade", complementou o piloto, Philipe Maia.

Fonte: G1/RO




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