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×Projeto Estradão: Governo elimina problemas históricos das estradas de Rondônia
Em janeiro de 2011, o governo estadual implantou em Rondônia o Projeto Estradão, desenvolvido pelo Departamento de Estradas de Rodagem e Transportes (DER), cujo objetivo era recuperar e melhorar as estradas estaduais de terra. Três anos depois, o governo pode comemorar os resultados desse projeto. Hoje, em pleno inverno amazônico, os problemas de atoleiros e pontes de madeira levadas pelas águas durante as chuvas são mínimos.
O diretor-geral do DER, engenheiro Lucio Mosquini, explica que o projeto idealizado pelo governador Confúcio Moura tem a finalidade de fazer o patrolamento, encascalhamento e a abertura lateral de 100% das estradas estaduais não pavimentadas, além da eliminação de curvas perigosas e morros elevados; da substituição de pontes de madeira por plataformas de concreto ou tubos metálicos. Também faz parte do Projeto Estradão a iluminação dos trevos estaduais, benefício que começou a ser executado no ano passado.
Região de Jaru
A Residência Regional do DER em Jaru, por exemplo, eliminou nove pontes de madeira na Linha 634, no trecho da BR-364 até a RO-010, com 75 km de extensão, sentido Mirante da Serra. A estrada é citada como exemplo do Projeto Estradão pelo residente Chico Backer. Ele explica que a Linha 634 tinha pontos de atoleiros que obrigava moradores de Mirante da Serra que tinham a intenção de irem a Jaru, de procurar outra rota, pela cidade de Ouro Preto.
Outro exemplo citado por Chico Backer é a Linha 603 (29 km) ligando a cidade de Theobroma ao distrito de Palmares. Nesse trecho foram construídas quatro galerias de concreto e instalados três tubos metálicos, resultando na eliminação de sete pontes velhas de madeira. O diretor do DER [Mosquini] afirma que o trecho ainda tem duas pontes de madeira, mas que a engenharia do órgão já trabalha no projeto para construir outras duas galerias de concreto.
Região de Ariquemes
Na RO-010 (antiga Linha D-20) de Cacaulândia a Monte Negro foram eliminadas outras 16 pontes de madeira, por tubos metálicos. A estrada, conforme o residente Tibério Cardoso, era municipal e recebeu os padrões do Projeto Estradão, com 100% de patrolamento, encascalhamento e abertura lateral, cortes de morros e eliminação de curvas. “Essa linha tem 50 km e era apenas um carreador. Até veículos pequenos tinham dificuldade para passar”, relata Tibério.
Na RO-144, de Ariquemes até a Linha Zero, sentido Colina Verde, região de Jaru, com 70 km de extensão, 12 pontes velhas deram lugar a tubos metálicos. Todo trecho recebeu aterro nos pontos críticos para evitar atoleiros.
Porto Velho
O residente da Regional do DER em Porto Velho, José Soares, o Zezinho, tem como orgulho de seu trabalho o serviço executado na Linha 101, estrada de acesso ao distrito de União Bandeirantes, a 160 km da Capital. Na estrada, o DER eliminou um problema histórico para a região, a conhecida “Serra da 101”. Zezinho conta que o local era tão elevado que os veículos não conseguiam subir a serra nos dias de chuva. Zezinho cita também a recuperação de 92 km da Linha D, em Nova Mamoré, da BR-425 até a reserva, passando pelo distrito de Nova Dimensão.
Planejamento
Lucio Mosquini afirma que Rondônia deixou de sofrer com os problemas de estradas estaduais intransitáveis e de pontes de madeira levadas pelas águas dos rios que transbordam por causa das chuvas. “Todas as estradas de responsabilidade do governo estadual estão transitáveis. Não temos comunidades isoladas por causa de ponte levada pela água, problema comum até pouco tempo”, frisa o diretor.
O engenheiro ressalta que 100% das estradas estaduais foram encascalhadas e que os trechos baixos foram elevados com aterros. Morros íngremes foram rebaixados e o aterro colocado nos pontos baixos. “Utilizamos o corpo de engenheiros do DER para executar serviços como esses. Atacamos os pontos críticos para solucionar os problemas. Todo ano chove e nós sabemos o que vamos enfrentar. Então, todo o trabalho realizado durante o verão surtiu efeito. Quem mora no setor rural sabe da importância de mantermos as estradas trafegáveis”, relata Mosquini.
Texto e foto: Nilson Nascimento
Fonte: Assessoria DER
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