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×Vilhena realizara 1ª Marcha das Vadias
Grupo de Pesquisa e Extensão em Comunicação, Discurso e Gênero (HIBISCUS), da UNIR-Vilhena, realizará a I Marcha das Vadias de Vilhena no próximo domingo, 8 de março de
O objetivo da Marcha das Vadias é protestar pelo fim da violência contra as mulheres, pelo direito ao corpo, pelo direito constitucional de ir e vir, pelo direito de se vestir como bem entenderem, pelo fim da humilhação e da culpabilização das vítimas de violência, pelo incremento das políticas públicas para mulheres, pela equidade de gênero.
Os organizadores convidam toda a comunidade, homens e mulheres, para protestar por uma sociedade mais justa e igualitária, que respeite as diferenças. Quem quiser participar, pode levar cartazes ou outros instrumentos de protesto e reivindicação.
O professor Emerson Pessoa, membro do HIBISCUS e um dos organizadores da Marcha, explica que o termo “vadias” utilizado pelas feministas na luta contra o machismo é uma subversão do uso comum da palavra. A ideia é retirar a carga negativa do termo e empregá-la, justamente, para dizer à sociedade que as mulheres podem fazer o que bem entenderem com seu corpo, com suas roupas, com suas ideias.
A Marcha das Vadias surgiu no Canadá, em 2011, e se espalhou por diversas cidades do Brasil e do mundo como forma de protesto contra a opressão às mulheres.
A líder do HIBISCUS e uma das promotoras da Marcha, professora Lilian Reichert Coelho, explica que o objetivo desta primeira edição da Marcha das Vadias em Vilhena é contrariar a lógica de comemoração do Dia da Mulher, convertendo-a em protesto, em manifestação contra a situação geral das mulheres na sociedade brasileira.
Um dos motes para a realização da I Marcha das Vadias de Vilhena foram os comentários machistas, sexistas, preconceituosos gerados pela notícia do estupro de uma jovem vilhenense no mês de fevereiro deste ano. “Não podemos ficar caladas ao ouvir que a culpa é da mulher num caso como esse. A responsabilidade pelo estupro é exclusivamente dos estupradores e não das vítimas. Por isso, precisamos discutir o assunto de forma aberta e não hipócrita em nossa sociedade, para que as pessoas deixem de reproduzir esse tipo de pensamento.”
Fonte: Vilhena Noticias