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07/02/2015 07:42:44

Saída de médicos e falta de estrutura agravam situação de hospital em Guajará–Mirim

  A população de Guajará-Mirim (RO), município a 330 quilômetros de Porto Velho, continua sofrendo com as condições do Hospital Regional Perpétuo Socorro. Escassez de médicos e de equipamentos e faltas constantes de funcionários sobrecarregam os servidores que cumprem a escala. Na última quinta-feira (5), três dos oito médicos da unidade pediram para sair do cargo, agravando mais ainda o quadro. A prefeitura garante que haverá punição para os funcionários faltosos e que, em breve, será publicado novo teste seletivo para médicos.

Aguardando atendimento em um banco de madeira na sala de espera do hospital, mais de cem pacientes por dia sofrem com a falta de recursos do hospital e demora na prestação de serviços. "Uma médica só para atender todo mundo é pouco. Ficar esperando, pois emergências são prioridades, machuca a gente", reclama Raimundo Nonato dos Santos.

 

E o sofrimento não é só dos pacientes. Com péssimas condições de trabalho, a única médica presente na escala na hora em que a reportagem esteve no hospital se sente pressionada e chora ao ver que não há muito a ser feito. "Não tem material ideal para cada doença. Estou deixando de atender uma criança em emergência e uma pessoa me pede um ultrassom. Não dá para trabalhar desse jeito", desabafa a médica Leila Raduan Rodrigues.

 

 Sem realizar cirurgias há mais de seis meses, o centro cirúrgico está interditado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero), por não apresentar condições básicas de trabalho. As operações de emergência são realizadas em um hospital particular conveniado e, dependendo da gravidade, o paciente é encaminhado para Porto Velho. O esterilizador do hospital está quebrado há vários meses e os materiais são enviados para um posto de saúde para serem esterilizados.

Melhorias
A Secretaria de Saúde do município diz que trabalha buscando o melhor atendimento, mas alega que a falta de compromisso de alguns funcionários acaba prejudicando os pacientes. "A escala sempre é feita com dois médicos e, quando um falta, tomamos conhecimento na hora. Com relação ao centro cirúrgico, até o final do mês, colocaremos novos equipamentos e faremos novo edital para contratação de mais médicos para realizarem cirurgias eletivas", assegura o secretário, Luiz Nascimento.

 

A Secretaria também informou que a contratação de novos médicos para cumprir a escala de plantões do hospital é urgente e poderá ser feita sem concurso. "Temos um parecer do Tribunal de Contas e qualquer profissional regularmente inscrito nos conselhos que queria trabalhar em Guajará poderá ser contratado de forma imediata. Precisamos urgente de profissionais, pois estamos com a metade da escala trabalhando", explica a coordenadora-geral de Saúde no município, Alexsandra Tanaka.

Quanto aos médicos que faltam aos plantões, a Procuradoria do Município afirma que os profissionais estão sendo investigados e garante que os dias de ausência aos plantões não são pagos.

 

Fonte: G1/RO

 




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