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Ribeirinhos sem aula há quatro anos por falta de transporte escolar fluvial
Há mais de quatro anos, alunos das comunidades do Baixo Madeira em Rondônia sofrem com a ausência do transporte escolar fluvial. Com isso, as aulas presenciais foram substituídas pela educação online, como alternativa para dar continuidade no ensino-aprendizagem, porém nem todas realidades sociais, econômicas, étnicas e culturais brasileiras conseguem acompanhar essa modalidade, que é o caso dessas comunidades.
O presidente da Associação dos Moradores Extrativista da Reserva do Cuniã, Evasilio de Souza Coelho, em entrevista ao Diário da Amazônia, contou as dificuldades enfrentadas na região do Lago do Cuniã desde junho de 2018.
“A criança não é alfabetizada, muito pelo contrário, nós temos um prejuízo enorme, que vai decorrer em vários anos. Nós não temos nem noção de quando vai haver um retorno nas aulas presenciais para essas crianças”, desabafa Evasilio.
Além do Lago do Cuniã, outras comunidades do Baixo Madeira como, distritos de Calama, Demarcação, Nazaré, São Carlos, Cavalcante e outros também estão passando pela mesma situação. Diversas lanchas escolares se encontram em baixo de sol e chuva, se deteriorando, no bairro Planalto 1, entre as ruas Rio Negro e Lages, zona leste de Porto Velho. Enquanto alunos das comunidades ribeirinhas vêm sofrendo os prejuízos escolares.
O transporte é apenas um dos problemas nas comunidades, também há, a falta de professores para atender esses alunos. Muitos educadores até passam no concurso, mas não chegam a ir lecionar na localidade.
Fonte: Diário da Amazônia