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19/10/2022 15:47:03

Desmatamento da Amazônia neste ano corresponde a quase oito vezes a cidade do Rio de Janeiro

De janeiro a setembro, aconteceu a maior devastação em 15 anos na floresta amazônica. Foram atingidos 9.069 km² de área derrubada, o que corresponde a quase oito vezes a cidade do Rio de Janeiro. Os dados são do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

 

Essa é a quinta vez que a derrubada atingiu o pior patamar dos últimos 15 anos entre janeiro e setembro. De 2008 a 2017, o desmate se manteve sempre abaixo dos 3.500 km².

 

A principal causa do desmatamento da Amazônia é a ocupação de áreas de reserva florestal por diversas empresas estrangeiras e nacionais que são atraídas para a região por incentivos do governo, mas com a falta de fiscalização adequada, acaba acontecendo derrubas ilegais em grandes áreas.

 

Além dessa retirada de vegetação, também houve um aumento de 359% de degradação florestal causada pelas queimadas e pela extração de madeira. Em setembro do ano passado registrava-se 1.137 km², no mesmo mês este ano, houve um aumento de quase cinco vezes, registrando 5.214 km².

 

Em setembro, dois estados concentraram 96% da área degradada na Amazônia: Mato Grosso, com 3.865 km² afetados (74%), e Pará, com 1.127 km² (22%).

 

A floresta amazônica desempenha um papel imprescindível na manutenção de serviços ecológicos, com o desmatamento diversas consequências podem ser sentidas, como: Devastação da biodiversidade, onde muitos animais se tornaram escasso ou até mesmo inexistente.

 

Sem a cobertura vegetal também pode ocorrer mudanças climáticas, pois a floresta contribui para formação de umidade no ambiente, além de absorver calor do sol.

 

Também há o aumento de pragas e doenças, que foi uma relação concretizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) através de um estudo relacionando o desflorestamento da Amazônia e doenças como malária e leishmaniose.

 

Essas são apenas algumas consequências da recorrente agressão à natureza aqui no Brasil, onde os números de destruição só crescem.

 

Fonte: Diário da Amazônia




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